"Nem eu nem ninguém pode viajar essa estrada por você. Você deve atravessá-la sozinho"

Walt Whitman

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Inesperado...


"Os caminhos que percorremos não seguem traçados lineares. Cada trecho, cada curva nos reserva uma surpresa. O inesperao é uma das magias do Caminho".

Jussara Hoffmann

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

CARURU DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO


A festa do caruru dos Ibêjis, também chamada de caruru dos Bejis, caruru dos Erês, caruru dos Mabaços (1), caruru de Cosme e Damião ou simplesmente caruru de Cosme, na Bahia, “comem de um todo”, abóbora cozida, acarajé, abará, arroz branco, batata doce, caruru, farofa-de-dendê, feijão de Omolu (feijão preto), feijão de azeite ou Omolocum, Moqueca de peixe, milho vermelho, milho branco, pipocas, roletes de cana, raspadura, vatapá, xinxim de galinha. Comemorada no dia 27 de setembro, é um momento de descontração e alegria farta.

O caruru, servido no rigor dos terreiros, é acompanhado de preceitos que viram ações propiciatórias das divindades gêmeas que, são filhos de Xangô com Iansã ou de Xangô com Oxum, segundo mitos que permaneceram na Bahia, “Iansã só fez parir os Ibêjis, Oxum foi que os criou”, conforme informações do professor Vivaldo da Costa Lima.

Os atabaques e as palmas fazem os ritmos da festa; O caruru é colocado sobre a esteira. As crianças são convidadas a comer do caruru, e todos, ao mesmo tempo. Ritual que rememoriza fartura, ancestralidade e vida sagrada. Viagem imaginária que revela informações de um Brasil sagrado pelas permanências africanas.

(1) [...] lembrando que a palavra mabaças, significando precisamente “os gêmeos da casa”, é um termo que veio do Kimbundu, um dos falares de Angola. Babaço, para um dos gêmeos. Mabaça, para os dois gêmeos, como indica o prefixo formador do plural nas línguas bantos”. Lima, Vivaldo da Costa. Cosme e Damião: o culto aos santos gêmeos no Brasil e na África. Salvador: Corrupio, 2005, p.11.

(I) CARURU DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO

Comidas votivas ou ritualísitcas






Foto Peixe

"O peixe identifica no texto visual dos terreiros as iás deusas, mães das águas, sendo um dos alimentos votivos mais significativos dos orixás, voduns e inquices que habitam os rios, lagos, cachoeiras, regatos, mares e pântanos, ampliando-se nas chuvas. O peixe prparado, alimento, relembra Nanã, o universo das águas e os elos imemoriais, as origens dos homens e dos outros deuses." Raul Lody



Foto Batata Doce

Oxumarê para os yorubás ou Dan, na línga fon. As comidas são à base de banana da terra e batata doce.



(II) - CARURU DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO

Cardápio votivo ou comidas ritualísticas.



Foto Benguê

Milho branco comum, bem cozido com açúcar. A massa é colocada em tigela de louça



Foto Mingau de Nanã

Alimento preparado com frinha de arroz cozida em água sem ervas nem temperos.


Foto: Oxoxô com Omolucum


Prato votivo oferecido a Logun, caçador e filho de Oxun. Come o que Oxossi e Oxun comem. Come misturado o Oxoxô com o Omolocum.



Foto Omolocum


Foto Omolucum


"É considerada a comida sagrada de Oxum. É feijão fradinho cozido, temperado com azeite-de-dendê, cebola, camarão e um pouco de sal. depois de pronto, é arrumada numa vasilha e enfeitada com ovos cozidos, símbolo por excelência de Oxum, da vida em potência".


Referências bibliográficas: SOUZA JÚNIOR, Vilson Caetano de. Usos e abusos das mulheres de saia e do ovo do azeite. Notas sobre a comida de orixá no terreiro de Candomblé. Dissertação em Ciências Sociais. Bblioteca Monte Alevre. PUC/SP, 1997.




(III) - CARURU DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO

Comidas votivas ou camidas ritualísticas.


Foto: Acarajé


Oyá ou Iansã, come akará (acarajé)


Foto: Abará


Foto: Frutas
Oxossi e Ossain, recebem todas as frutas


Foto Feijão de Omolu (Feijão preto)



Foto: Oxoxô

Milho cozido temperado com erva-doce e açúcar. Enfeita com pedaços de coco




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:


Lima, Vivaldo da Costa. Cosme e Damião: oculto aos santos gêmeos no Brasil e na África. Salvador: Corrupio, 2005.

Lody, Raul. Santo também como, 2ª ed. Rio de Janeiro: Pallas, 1998.

Souza Júnior. Vilson Caetano de. Usos e abusos das mulheres de saia e do povo do azeite. Notas sobre a comida de xixá no terreiro de Candomble. Dissertação em Ciências Sociais. Biblioteca Monte Alevre. PUC/SP,1997.


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A chegada....

Foto: Monumento no Monte do Gozo - Santiago de Compostela
"Descobri como é bom chegar quando se tem paciência. E para se chegar, onde quer que seja, aprendi que não é preciso dominar a força, mas a razão. É preciso, antes de mais nada, querer".

Amir Klink.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

I - SAMOS: O "Caminho Secreto"

Foto 01 - San Cristóbal

Grande quantidade de peregrinos evitam, por conta dos poucos quilômetros a mais, passarem ou dormirem no Mosteiro de São Julião de Samos. Um dos mais belos conjuntos arquitetônico encontrado no entorno do Caminho de Santiago, já na Galícia, na província de Lugo, na etapa de O Cebreiro à Tricastela, ocasião em que o trajeto oferece duas opções para chegar a cidade de Sárria. Uma passa por Samos, no qual atravessamos pequenos povoados como: San Cristóbal, Lusio, Renche e San Martiño el Real. (Perfaz um total de 30 km de O Cebreiro à Samos) e a outra opção por San Xil, Calvor e San Mamede.

Dentro das literaturas odepóricas lidas sobre o Caminho, encontrei, somente, dois relatos de peregrinos/escritores (Guy Veloso e A. J. Barros) que fizeram esse trajeto e sintetizaram com boas referencias sobre o roteiro, que inclui 09 km a mais de Tricastela. A chamada Ruta Sendeirista ou “Caminho secreto”, como denominou o jornalista Guy Veloso, é um descanso entre belas paisagens e lugares bucólicos. Assim, aproveito os trechos das obras literárias, ilustrando-os com algumas imagens sobre os pontos referendados por eles (Fotos 01 a 05)

Foto 02 - San Cristóbal

Foto 03 - Ruta Senderista para Samos

Foto 04 - Ruta Senderista para Samos

Foto 05 - San Martiño

II - SAMOS: O "Caminho Secreto"

Foto 06 - Vista panorâmica do Mosteiro de Samos



Foto 07 - Vista panorâmica do Mosteiro de Samos


Foto 08 - Fachada da Igreja de San Julián de Samos


Foto 09 - Interior do Albergue de Samos


Foto 10 - Monge beneditino de Samos - Hospedeiro


Como melhor forma de identificar e compreender os textos dos dois escritores, no termino de todos os parágrafos colocarei as iniciais dos seus autores, exemplo: A. J. Barros (AJB) e Guy Veloso (GV), a saber:

[...] Logo adiante de Tricastela, por um caminho que segue à esquerda, ergue-se o monastério beneditino de Samos, um conjunto monumental cujas origens remontam ao século VI, anterior ao Caminho e à invasão dos árabes na Espanha. O nome Samos deriva de Samamos, que significa lugar onde os monges vivem em comunidade (AJB, p/ 376) (Foto 06)

[...] Construção imponente flanqueada por um arraial, de cima parecia um quadro cubista (1) por sua arquitetura geométrica contrastando com o fundo verdejante. Não admira este estilo revolucionário de pintura ter florescido na Espanha.
Em minutos descemos da floresta, desbravando suas vielas limpas e históricas, onde de qualquer ponto via-se o complexo arquitetônico barroco e neoclássico de sublime cúpula octogonal. Lá, era oferecido aos caminhantes de São Tiago um quarto com trinta beliches (GV, p/15) (Fotos 07 a 09).

[...] Perguntamos a elas o porquê daquela belíssima e bem demarcada rota não constar em nenhum de nossos mapas e guias. Uma delas, sorridente, desconversou respondendo ser um “caminho secreto”, levando-nos sem maiores explicações ao pároco encarregado dos visitantes, que fazia questão de dar pessoalmente as boas-vindas aos poucos que escolhiam aquele trajeto (GV, p.157/158) (Foto 10).

III - SAMOS: O "Caminho Secreto"

Foto 11 - Painel no interior do Mosteiro de Samos

Foto 12 - Painel no interior do Mosteiro de Samos

Foto 13 - Painel no interior do Mosteiro de Samos

Foto 14 - Jardim interior no Mosteiro de San Julián de Samos


Foto 15 - Fonte no interior do Mosteiro de San Julián de Samos


[...] Um padre de aproximadamente 70 anos organizava um grupo de turistas, aos quais se juntamos. Foram levados para o segundo piso e o padre começou a explicar o grande painel de pinturas nos corredores que antecedem ao claustro. Em uma das paredes, fotografias mostravam os estragos do incêndio ocorrido em 25 de setembro de 1951, quando um dos grandes tambores de álcool para a fabricação de licores pegou fogo e o monastério foi quase totalmente destruído. Só foi possível salvar a sacristia, a igreja e alguns poucos pontos. As fotografias das ruínas, emolduradas e protegidas por vidros, formavam um painel melancólico.
O padre conduziu-os de volta ao piso inferior, onde ficavam a sacristia e a nave da igreja, com a estátua do rei Afonso II. (AJB, p/ 377) (Fotos 11 a 15)

Com ele demos um passeio entre os claustros, capelas, fontes, jardins e a majestosa basílica que compõe Samos; terminando a tempo de ainda assistirmos como convidados especiais às chamadas vésperas, celebração íntima dos monges com cantos gregorianos e invocações em latim. Realmente inesquecível. (GV, p/158) (Fotos 16 a 20)

Exaustos pelo passeio de 35 quilômetros, compramos provisões e descansamos às redondezas da vila em um campo gramado, ladeados por um córrego e uma modesta ermida, uma das mais antigas da Espanha, construída há 1.100 anos por cristãos que viviam nestas terras sob o domínio dos mouros. (GV p/158) (Fotos 21 a 24)

Dados Históricos

O rei Afonso II, quando “era ainda criança quando o pai foi assassinado e a mãe o levou a Samos para que os monges o escondessem. Depois de adulto, reivindicou o trono e retribuiu os favores a Samos, que prosperou. Foi o rei Afonso II o primeiro peregrino ao túmulo de São Tiago. Assim que soube da descoberta, ele, sua esposa e toda a corte dirigiram-se ao local. Foi ele também que decretou que São Tiago seria o padroeiro da Espanha (AJB, p/377)

(1) Cubismo: Movimento artístico desenvolvido, historicamente, por Cézanne e que ganhou maior notoriedade através das obras de francês Georges Braque e do espanhol Pablo Picasso, que provocou uma verdadeira revolução na arte. Tinha as formas pictóricas subdivididas em cubos, cilindros (daí o nome cubismos) como forma de percepção tridimensional.


Referencias bibliográficas.

BARROS, A. J. O enigma de Compostela. São Paulo: Geração Editorial, 2009. p, 376 e 377

VELOSO, Guy. Via Láctea: pelos caminhos de Santiago de Compostela. 2 ed. Fortaleza: Tempo d´Imagens, 2000. p, 157 e 158

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mosteiro_de_Samos

IV - SAMOS: O "Caminho Secreto"

Algumas fotos do interior do Mosteiro de Samos, província de Lugo (Galiza)




Foto 16 - Jardim interno - Mosteiro de Samos



Foto 17 - Mesa octogonal - Sacristia do Mosteiro de Samos


Foto 18 - Cúpula octogonal no interior da Igreja de San Julián de Samos


Foto 19 - Altar-mor da Igreja de Sa Julián de Samos


Foto 20 - Imagem de Afonso II - Somos


V - SAMOS: O "Caminho Secreto"

Algumas imagens na redondeza de Samos - Província de Lugo (Galiza)


Foto 21 - Rio Sárria em Samos



Foto 22 - Igreja pré-românica em Samos


Foto 23 - Paisagens nas redondezas de Samos


Foto 24 - Cruz Celta, interior da Capela


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

(I) INTRODUÇÃO A ARQUITETURA GÓTICA

Foto 01 - Fachada principal da Catedral de León

Foto 02 - Fachada principal da Catedral de Burgos

No começo do século XVII, a arquitetura predominante era ainda a românica. Porém, já começavam a aparecer as primeiras mudanças que revolucionaria profundamente na arte de projetar e construir os grandes edifícios. No final do século XVI, essa nova arquitetura foi chamada ironicamente de gótica pelos estudiosos, que a consideravam de aparência tão bárbara e esdrúxula que bem poderia ter sido criada pelos Godos, povo que invadiu o Império Romano e destruíram muitas obras da antiga civilização romana. Mais tarde perdeu o caráter depreciativo e ficou ligado à arquitetura das Catedrais dos arcos ogivais.

A primeira diferença entre uma igreja gótica e uma românica é a fachada. Enquanto a românica apresenta uma única portada, a gótica tem três portais que dão acesso às três naves do interior da igreja: a nave central e as duas naves laterais.

A arquitetura gótica se apoiava nos princípios de um forte simbolismo teológico, fruto do mais puro pensamento escolástico: as paredes eram a base espiritual da Igreja, os pilares representavam os santos, e os arcos e os nervos eram o caminho para Deus. Além disso, nos vitrais pintados e decorados se ensinava ao povo, por meio da mágica luminosidade de suas cores, as histórias e relatos contidos nas Sagradas Escrituras.

O escritor A. J. Barros, no livro O enigma de Compostela, traça um paralelo entre os dois estilos arquitetônicos o qual diz:

[...] os dois estilos mostram maneiras diferentes de se ver Deus... No românico, o interior das igrejas tem pouca luz, para que a pessoa medite e sinta a plena força da divindade. Já o gótico é alegre, nele as janelas são maiores, e a claridade mostra o ser humano como parte da divindade. No românico, o homem fica na escuridão e Deus desce até ele. No gótico, é o homem que se eleva até a presença de Deus, através da luz que inunda o ambiente.

A construção gótica, de modo geral, se diferenciou pela elevação e desmaterialização das paredes, assim como pela especial distribuição da luz no espaço. A intenção era criar no visitante a impressão de um espaço que se alçava infinitamente até o céu. Tudo isso foi possível graças a duas das inovações arquitetônicas mais importantes desse período: o arco em ponta, responsável pela elevação vertical do edifício, e a abóbada cruzada, que veio permitir a cobertura de espaços quadrados, curvos ou irregulares. (Fotos 01 a 07)


Fontes: PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Editora Ática S.A. 1990.

(II) INTRODUÇÃO A ARQUITETURA GÓTICA

Dois belos exemplos das Catedrais góticas encontradas no Caminho de Santiago.
Foto 03 - Interior da Catedral de León

Foto 04e 05 - Catedral de Burgos


Foto 06 - Catedral de León

Foto 07 - Interior da Catedral de León

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

POVOADO CELTA NO CAMINHO DE SANTIAGO

Foto 01 - Vista panoâmica do Cebreiro

Foto 02 - Marco referencial (O Cebreiro)

Foto 03 - Vista do povoado (O Cebreiro)

Foto 04 - Albergue do Cebreiro

O Cebreiro é um povoado de origem Celta (pré-românico), na província de Lugo, primeira localidade da Galícia, e que, ainda, conserva traços da sua arquitetura original. As palhoças, chamadas “chouzas”, são habitações circulares de pedras e teto em palhas de centeios, que eram destinadas tanto a habitação como para o gado. Nesta localidade, também se encontrada uma das mais antigas igrejas do caminho, Igreja Santa Maria La Real, do século IX. Nela aconteceu o milagre eucarístico, a transformação do pão em carne e do vinho em sangue. (Fotos 01 a 06)

MITOS

Como o povoado do Cebreiro situa-se a 1.300 metros de altitude, é comum no inverno ficar coberto de neve. O livro “O enigma de Compostela” de A. J. Barros, conta a história relacionada ao milagre do cálice, que aconteceu no inverno do ano 1300, quando, durante a eucaristia, a hóstia transformou-se em carne e o vinho em sangue; com isso, acredita-se que o mesmo seja o Santo Graal. Como segui a história:

“Em uma dessas noites rígidas de frio e também de muita chuva, um camponês subiu o morro para assistir à missa que um padre pouco crente celebrava para cumprir sua obrigação. Quando viu o pobre homem tremendo de frio entrar na igreja, pensou: “O que será que esse imbecil veio fazer aqui com essa tempestade? Só para ver um pedaço de pão e um pouco de vinho?”. – Nesse instante ocorreu o milagre do Cebreiro. Foi como se Deus quisesse mostrar ao mudo, mais uma vez, que a salvação está no sacrifício e, naquele momento, quando o padre ironizava a fé do camponês, o pão se transformou em carne e o vinho se transformou em sangue.
[...] O padre e o camponês estão enterrados na Capela dos Milagres, nessa mesma igreja.
[...] – Mas os milagres não pararam. O cálice com o qual o padre celebrava aquela missa começou a ser venerado como sendo o Santo Graal. Dizem que a rainha Isabel, a Católica, quis se apossar dele e ia levando-o embora na carruagem real, mas, ao chegar ao lugar chamado Pereje, logo abaixo do Cebreiro, aconteceu outro fenômeno espantoso: os cavalos pararam e se recusaram a continuar. Ela compreendeu que estava cometendo um grave pecado e pediu ao cocheiro para voltar. Os cavalos obedeceram docilmente ao comando de volta e ela devolveu o cálice à pequena igreja. Depois os cavalos passaram por Pereje sem nenhum problema, rumo a seu castelo”.

Visitando a Igreja, o guia local, contou que a Rainha Isabel, após a visita, mandou construir o relicário em cristal para que fosse guardado o “Santo Cálice”. Na mesma capela também existe uma imagem da Virgem Maria, em madeira, conhecida como “Senhora do Santo Milagre”, que, segundo o guia, a estatueta tem a cabeça um pouco inclinada, para frente, em sinal de reverencia ao presenciar o devido milagre (Fotos 07 a 09)

Entre os inúmeros documentos que atestam o milagre, esta a Bula Papal de Inocêncio VIII, de 1487, e a do Papa Alexandre VI, de 1496.

Entre agosto e setembro é comemorada a festa do Corpo de Deus e as relíquias, tanto da imagem quanto do cálice, saem em procissão.


Fontes: BARROS, A. J. O enigma de Compostela. São Paulo: Geração Editorial, 2009, pp. 373 e 374.

Para conhecer mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Palho%C3%A7a_(constru%C3%A7%C3%A3o), acessado em 03/09/2010.