"Nem eu nem ninguém pode viajar essa estrada por você. Você deve atravessá-la sozinho"

Walt Whitman

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

I - As cidades e os símbolos - Ponferrada

Castelo dos Templário em Ponferrada

Ponferrada é um município da Espanha na região de El Bierzo, província de León, comunidade autónoma de Castela e Leão.

[...] Uma ponte medieval reforçada com ferro (pons ferrada), construída para ajudar aos peregrinos em seu caminho para Santiago, deu nome à cidade de Ponferrada. Hoje, graças às suas reservas de Ferro e carvão, é uma cidade de tamanho considerável. A maioria de suas atrações fica no pequeno bairro antigo. O castillo de Ponferrada foi construído entre os séculos XII e XIV pelos Cavaleiros Templários, para proteger os peregrinos. Durante a Idade Média, era uma das maiores fortalezas do noroeste da Espanha”. Sergio José de Brito. O Caminho de Santiago de Compostela: Rota do Novo Milênio. p.167

II - As cidades e os símbolos - Ponferrada



[...] O castelo em Ponferrada não era a única marca da Ordem do Templo na Rota Jacobea. Criada pela decisão de nove cavalheiros que decidiram não retornar das Cruzadas, eles tinham em pouco tempo espalhado seu poder por toda a Europa e provocando uma verdadeira revolução de costumes no começo deste milênio. Enquanto a maior parte da nobreza da época se preocupava apenas em enriquecer às custas do trabalho servil no sistema feudal, os Cavalheiros do Templo dedicavam suas vidas, suas fortunas e suas espadas a apenas uma causa: proteger os peregrinos a caminho de Jerusalém, encontrando um modelo de vida espiritual que os ajudasse na busca da sabedoria” Paulo Coelho. O diário de um mago, p.201.

“[...] As doações de seus membros e de milhares de peregrinos agradecidos fizeram com que a Ordem do Templo acumulasse em pouco tempo uma riqueza incalculável, que mais de uma vez serviu para resgatar cristãos importantes seqüestrados por muçulmanos. A honestidade dos Cavalheiros era tão grande que reis e nobres confiavam aos Templários os seus valores, viajando apenas com um documento para comprovar a existência daqueles bens. Este documento podia ser trocado em qualquer Castelo da Ordem do Templo por uma soma equivalente, e deu origem às letras de cambio, que conhecemos até hoje”. Paulo Coelho. O diário de um mago, p.201.

“[...] Porém, como tudo que chega um pouco antes da época, os Templários começaram a ser olhados com desconfiança. O grande poder econômico passou a ser cobiçado pelos reis, e a abertura religiosa se tornou uma ameaça para a Igreja. Na sexta-feita, 13 de outubro de 1307, o Vaticano e os principais Estados europeus deflagraram uma das maiores operações policiais da Idade Média: durante a noite, os principais chefes Templários foram seqüestrados de seus castelos e conduzidos à prisão. Eram acusados de praticar cerimônias secretas que incluíam a adoração do Demônio, blasfêmias contra Jesus Cristo, rituais orgíacos e prática de sodomia com os aspirantes. Depois de uma série violenta de torturas, abjurações e traições, a Ordem do Templo foi varrida do mapa da história medieval”. Paulo Coelho. O diário de um mago. P.202.

III - As cidades e os símbolos - Ponferrada

Vista do Castelo Templário de Ponferrada

[...] Muito antes, no lugar onde hoje é o castelo dos templários, havia um pequeno refúrgio cercado de muros de pedra, um castrum, palavra que deu origem a castelo. Os romanos chegaram a levantar ali uma fortaleza que foi destruída na invasão dos godos. O lugar adquiriu importância com o Caminho de Santiago. No ano de 1178, o povoado foi doado à Ordem dos Cavaleiros do Templo, que construiu a fortaleza romana destruída pelos godos, transformando-a em um portentoso castelo, e dali os templários passaram a proteger os peregrinos.”A.J.Barros. O enigma de Compostela. 342

[...] Foi em uma sexta-feira 13 que os templários foram presos à traição e condenados à fogueira. Vem desse episódio a tradição de que esse é um dia de azar.” A. J.Barros. O enigma de Compostela, p. 344

IV - As cidades e os símbolos - Ponferrada

Fotos da cidade de Ponferrada - Espanha





REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BARROS, A.J. O enigma de Compostela. São Paulo: Geração Editorial, 2009.

BRITO, Sergio José de. O Caminho de Santiago de Compostela: Rota do Novo Milênio. Curitiba, 2000.

COELHO, Paulo. O diário de um Mago. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2006.

sábado, 16 de outubro de 2010

AS CIDADES E A MEMÓRIA - SERGIPE

Vista panorâmica de Aracaju

O menor estado brasileiro viveu sob o domínio político da Bahia até 1820. Seu nome significa siris em tupi e denominava um dos seus rios.

Em 1855 a capital da capitania deixou de ser a histórica São Cristóvão, passando para Aracaju o controle administrativo e político por esta situada na margem direita do rio Sergipe e próximo da foz no Atlântico. Sendo um ótimo porto para escoar suas produções de açúcar e algodão a fim de suprir o mercado abalado pela Guerra de Secessão dos EUA.

Terra de intelectuais como Muniz de Souza, Tobias Barreto e Silvio Romero; hoje o povo sergipano cultiva a sua tradição e faz de cada dia um exercício permanente de cultura, através dos seus Centros e Feiras de Artesanatos, Restaurantes caracterizados e boa comida típica.

A cidade de Aracaju é relativamente jovem. Foi planejada para ser a capital do Estado, mas viveu timidamente o estigma de “quintal da Bahia”. Hoje desponta de mansinho, promovendo uma verdadeira plástica na sua orla, especialmente na concorrida Atalaia, mudando radicalmente o seu visual. Agora, seu ar provinciano, disputa como roteiro obrigatório do turismo no Nordeste brasileiro.

I - AS CIDADES E A MEMÓRIA - SERGIPE

SÃO CRISTOVÃO - SERGIPE





II - AS CIDADES E A MEMÓRIA - SERGIPE E BAHIA

PASSEIO A MANGUE SECO - BAHIA

O vilarejo de Mangue Seco é baiano de fato e sergipano de direito. Foi descoberto em 1989, quando serviu de cenário para a novela “Tieta do Agreste”, da Rede Globo de Televisão, baseada no romance de Jorge Amado. A vila de pescadores fica diante do rio Real. Seu melhor acesso é através de canoa ou barcos. Inúmeras embarcações partem do ancoradouro no rio Vaza Barris, 70 km de Aracaju ou 39 km de Estância, em Sergipe.


Rio Vaza Barris

Vilarejo de Mangue Seco


Passeio de bugres

Vista panorâmica de Mangue Seco

III - AS CIDADES E A MEMÓRIA - SERGIPE

IMAGENS DA PRAIA DO SACO - LITORAL DE SERGIPE

A natureza reclama pelo seu espaço e destrói inúmeras casa





Enseada do Saco

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

I - AS CIDADES E A MEMÓRIA - VILLAFRANCA DEL BIERZO

Foto 01 -Estrada para Villafranca del Bierzo



Foto 02 - Vista panorâmica de Villafranca del Bierzo


Foto 03 - Vista panorâmica e Igreja de São Francisco


Foto 04 - Albergue Municipal de Villafranca del Bierzo



Foto 05 - Igreja de Santigo de Villafranca del Bierzo


A cidade de Villafranca del Bierzo é a ultima localizada da província de León que possui uma boa estrutura de acolhimento ao peregrino.


Seu município ocupa parte da Reserva Nacional de los Ancares Leoneses, o que o propicia um clima moderado e unido. Villafranca também é conhecida na Espanha e em todas as partes por seu magnífico vinho.


Os Celtas foram os primeiros habitantes dessas terras, existindo ainda vestígios que atestam sua ocupação. Posteriormente chegaram os romanos para explorarem o ouro que existia em todo rio Burbia; rio que cruza o município.


A cidade remonta ao ano de 1070 quando os monges de Cluny* levantaram um mosteiro (hoje ocupado pela Colegiata) para servir de apoio aos peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela.


Em Villafranca Del Bierzo o peregrino que já percorreu as quilometragens exigidas pela Igreja de Santiago (100 km a pé ou a cavalo ou 200 km de bicicleta) pode receber na cidade a Compostelana, documento oficial que atesta a peregrinação. Na localidade se encontra um importante monumento religioso, a igreja de Santiago, em estilo românico, do século XII. No seu interior também é encontrada uma “Porta do Perdão”, verdadeira jóia da igreja onde os peregrinos podem receber os júbilos quando estão incapacitados para prosseguir o Caminho e chegarem a Santiago.


O monumento civil mais importante é o Castelo de Bierzo, construído no século XVI, pelo conde Pedro de Toledo. Foi tomado e destruído pelos franceses e ingleses durante a guerra pela sua independência. Atualmente é residência do compositor Cristóbal Halffter, natural de Villafranca del Bierzo.


Em Villafranca é que se encontra um dos albergues mais emblemático do caminho, o Ave Fênix, do lendário Jesus Jato.

(*) Para saber mais:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_de_Cluny


http://www.villafrancadelbierzo.org/


II - AS CIDADES E A MEMÓRIA - VILLAFRANCA DEL BIERZO

Foto 06 - Igreja de Santiago


Foto 07 - Castelo de Villafranca del Bierzo


Foto 08 - Vista de Villafranca del Bierzo


Foto 09 - Vista de Villafranca del Bierzo


Foto 10 - Igreja de San Nicolas el Real

III - AS CIDADES E A MEMÓRIA - VILLAFRANCA DEL BIERZO

Foto 11 - Praza Mayor e Colegiata de Santa Maria de Cluniaco


Foto 12 - Colégio Jesuítico de Villafranca del Bierzo


Foto 13 - Ponte romana sobre o rio Burbia


Foto 14 - Vista panorâmica de Villafranca del Bierzo

Foto 15 - Albergue Ave Fenix de Jesus Jato

sábado, 2 de outubro de 2010

I - AS CIDADES E A MEMÓRIA - LEÓN


Foto 01 - Catedral de León


Foto 02 -


Foto 03 e 04 - Praza das Armas


Foto 04

Foto 05 - Casa de Botines - Obra de Gaudí

León, em pleno Caminho Real Francês, é uma cidade com um clima de extremos e, por vezes impiedoso, mas com uma vida sossegada e um urbanismo antigo, bem como monumentos excelentes. Em plena zona mineira, disso os Romanos já tinham percebido, e por isso a povoaram. São preservados no subterrâneo de alguns edifícios, ruínas de antigas termas e outras construções romanas.

Na Idade Média aqui floresceu o românico – basta contemplar o Panteão Real de Santo Isidoro. A construção da catedral, uma das mais belas da cristandade, obra prima do gótico francês carregada de maneirismos, mas com vitrais que são quase tão delirante quanto assustador. Séculos depois, e na seqüência de longo período de marasmo cultural, o Renascimento deu os seus primeiros sinais e ofereceu a León o hospital de São Marcos. Outras belas arquiteturas também podem ser contempladas como a Casa de Botines, obra do arquiteto Gaudí.

II - AS CIDADES E A MEMÓRIA - LEÓN


Foto 06 a 09 - Imagens da cidade de León


Foto 07


Foto 08


Foto 09


Foto 10 - Albergue do Convento das Monjas Beneditinas de Santa Maria del Carbajal

III - AS CIDADES E A MEMÓRIA - LEÓN


Foto 11 - Praça central


Foto 12 - Antigas muralhas


Foto 13 - Igreja de São Francisco


Foto 14 - Arena de Touros


Foto 15 - Estádio Municipal de Léon