Walt Whitman
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
I - As cidades e os símbolos - Ponferrada
II - As cidades e os símbolos - Ponferrada
[...] O castelo em Ponferrada não era a única marca da Ordem do Templo na Rota Jacobea. Criada pela decisão de nove cavalheiros que decidiram não retornar das Cruzadas, eles tinham em pouco tempo espalhado seu poder por toda a Europa e provocando uma verdadeira revolução de costumes no começo deste milênio. Enquanto a maior parte da nobreza da época se preocupava apenas em enriquecer às custas do trabalho servil no sistema feudal, os Cavalheiros do Templo dedicavam suas vidas, suas fortunas e suas espadas a apenas uma causa: proteger os peregrinos a caminho de Jerusalém, encontrando um modelo de vida espiritual que os ajudasse na busca da sabedoria” Paulo Coelho. O diário de um mago, p.201.
“[...] As doações de seus membros e de milhares de peregrinos agradecidos fizeram com que a Ordem do Templo acumulasse em pouco tempo uma riqueza incalculável, que mais de uma vez serviu para resgatar cristãos importantes seqüestrados por muçulmanos. A honestidade dos Cavalheiros era tão grande que reis e nobres confiavam aos Templários os seus valores, viajando apenas com um documento para comprovar a existência daqueles bens. Este documento podia ser trocado em qualquer Castelo da Ordem do Templo por uma soma equivalente, e deu origem às letras de cambio, que conhecemos até hoje”. Paulo Coelho. O diário de um mago, p.201.
“[...] Porém, como tudo que chega um pouco antes da época, os Templários começaram a ser olhados com desconfiança. O grande poder econômico passou a ser cobiçado pelos reis, e a abertura religiosa se tornou uma ameaça para a Igreja. Na sexta-feita, 13 de outubro de 1307, o Vaticano e os principais Estados europeus deflagraram uma das maiores operações policiais da Idade Média: durante a noite, os principais chefes Templários foram seqüestrados de seus castelos e conduzidos à prisão. Eram acusados de praticar cerimônias secretas que incluíam a adoração do Demônio, blasfêmias contra Jesus Cristo, rituais orgíacos e prática de sodomia com os aspirantes. Depois de uma série violenta de torturas, abjurações e traições, a Ordem do Templo foi varrida do mapa da história medieval”. Paulo Coelho. O diário de um mago. P.202.
III - As cidades e os símbolos - Ponferrada
[...] Muito antes, no lugar onde hoje é o castelo dos templários, havia um pequeno refúrgio cercado de muros de pedra, um castrum, palavra que deu origem a castelo. Os romanos chegaram a levantar ali uma fortaleza que foi destruída na invasão dos godos. O lugar adquiriu importância com o Caminho de Santiago. No ano de 1178, o povoado foi doado à Ordem dos Cavaleiros do Templo, que construiu a fortaleza romana destruída pelos godos, transformando-a em um portentoso castelo, e dali os templários passaram a proteger os peregrinos.”A.J.Barros. O enigma de Compostela. 342
[...] Foi em uma sexta-feira 13 que os templários foram presos à traição e condenados à fogueira. Vem desse episódio a tradição de que esse é um dia de azar.” A. J.Barros. O enigma de Compostela, p. 344
IV - As cidades e os símbolos - Ponferrada
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BARROS, A.J. O enigma de Compostela. São Paulo: Geração Editorial, 2009.
BRITO, Sergio José de. O Caminho de Santiago de Compostela: Rota do Novo Milênio. Curitiba, 2000.
COELHO, Paulo. O diário de um Mago. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2006.
sábado, 16 de outubro de 2010
AS CIDADES E A MEMÓRIA - SERGIPE
O menor estado brasileiro viveu sob o domínio político da Bahia até 1820. Seu nome significa siris em tupi e denominava um dos seus rios.
Em 1855 a capital da capitania deixou de ser a histórica São Cristóvão, passando para Aracaju o controle administrativo e político por esta situada na margem direita do rio Sergipe e próximo da foz no Atlântico. Sendo um ótimo porto para escoar suas produções de açúcar e algodão a fim de suprir o mercado abalado pela Guerra de Secessão dos EUA.
Terra de intelectuais como Muniz de Souza, Tobias Barreto e Silvio Romero; hoje o povo sergipano cultiva a sua tradição e faz de cada dia um exercício permanente de cultura, através dos seus Centros e Feiras de Artesanatos, Restaurantes caracterizados e boa comida típica.
A cidade de Aracaju é relativamente jovem. Foi planejada para ser a capital do Estado, mas viveu timidamente o estigma de “quintal da Bahia”. Hoje desponta de mansinho, promovendo uma verdadeira plástica na sua orla, especialmente na concorrida Atalaia, mudando radicalmente o seu visual. Agora, seu ar provinciano, disputa como roteiro obrigatório do turismo no Nordeste brasileiro.
II - AS CIDADES E A MEMÓRIA - SERGIPE E BAHIA
O vilarejo de Mangue Seco é baiano de fato e sergipano de direito. Foi descoberto em 1989, quando serviu de cenário para a novela “Tieta do Agreste”, da Rede Globo de Televisão, baseada no romance de Jorge Amado. A vila de pescadores fica diante do rio Real. Seu melhor acesso é através de canoa ou barcos. Inúmeras embarcações partem do ancoradouro no rio Vaza Barris, 70 km de Aracaju ou 39 km de Estância, em Sergipe.
III - AS CIDADES E A MEMÓRIA - SERGIPE
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
I - AS CIDADES E A MEMÓRIA - VILLAFRANCA DEL BIERZO
Foto 02 - Vista panorâmica de Villafranca del Bierzo
Foto 05 - Igreja de Santigo de Villafranca del Bierzo
A cidade de Villafranca del Bierzo é a ultima localizada da província de León que possui uma boa estrutura de acolhimento ao peregrino.
Seu município ocupa parte da Reserva Nacional de los Ancares Leoneses, o que o propicia um clima moderado e unido. Villafranca também é conhecida na Espanha e em todas as partes por seu magnífico vinho.
Os Celtas foram os primeiros habitantes dessas terras, existindo ainda vestígios que atestam sua ocupação. Posteriormente chegaram os romanos para explorarem o ouro que existia em todo rio Burbia; rio que cruza o município.
A cidade remonta ao ano de 1070 quando os monges de Cluny* levantaram um mosteiro (hoje ocupado pela Colegiata) para servir de apoio aos peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela.
Em Villafranca Del Bierzo o peregrino que já percorreu as quilometragens exigidas pela Igreja de Santiago (100 km a pé ou a cavalo ou 200 km de bicicleta) pode receber na cidade a Compostelana, documento oficial que atesta a peregrinação. Na localidade se encontra um importante monumento religioso, a igreja de Santiago, em estilo românico, do século XII. No seu interior também é encontrada uma “Porta do Perdão”, verdadeira jóia da igreja onde os peregrinos podem receber os júbilos quando estão incapacitados para prosseguir o Caminho e chegarem a Santiago.
O monumento civil mais importante é o Castelo de Bierzo, construído no século XVI, pelo conde Pedro de Toledo. Foi tomado e destruído pelos franceses e ingleses durante a guerra pela sua independência. Atualmente é residência do compositor Cristóbal Halffter, natural de Villafranca del Bierzo.
Em Villafranca é que se encontra um dos albergues mais emblemático do caminho, o Ave Fênix, do lendário Jesus Jato.
(*) Para saber mais:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_de_Cluny
sábado, 2 de outubro de 2010
I - AS CIDADES E A MEMÓRIA - LEÓN
León, em pleno Caminho Real Francês, é uma cidade com um clima de extremos e, por vezes impiedoso, mas com uma vida sossegada e um urbanismo antigo, bem como monumentos excelentes. Em plena zona mineira, disso os Romanos já tinham percebido, e por isso a povoaram. São preservados no subterrâneo de alguns edifícios, ruínas de antigas termas e outras construções romanas.
Na Idade Média aqui floresceu o românico – basta contemplar o Panteão Real de Santo Isidoro. A construção da catedral, uma das mais belas da cristandade, obra prima do gótico francês carregada de maneirismos, mas com vitrais que são quase tão delirante quanto assustador. Séculos depois, e na seqüência de longo período de marasmo cultural, o Renascimento deu os seus primeiros sinais e ofereceu a León o hospital de São Marcos. Outras belas arquiteturas também podem ser contempladas como a Casa de Botines, obra do arquiteto Gaudí.