Estando em Belo Horizonte no dia 12 de junho, dia que se comemora o Dia dos Namorados, acabei dando-me um dos melhores presentes, afinal sou apaixonado pelas artes, principalmente pela plástica, fui conhecer o Instituto Inhotim. Para todos aqueles que gostam das artes plástica e da botânica não deve deixar de visitar o Instituto. Esta localizado na cidade de Brumadinho, a 60 km da capital mineira. O acesso é bem fácil, existe ônibus direto que saem da estação rodoviária de BH, todo o instante, para a localidade.
É um projeto arrojado, idealizado pelo empresário Bernardo Paz - tinha que ter em seu nome uma palavra tão forte, "PAZ". O espaço transmite uma grande paz, excelente exercício para aos nossos cinco sentidos. Nenhuma foto, documentário ou vídeo, são capazes de registrar o que é para ser vivido e vivenciado "in loco", pois o espaço aflora a visão, audição, olfato, tato e paladar.
São várias galerias estrategicamente posicionadas numa área que envolve natureza, paisagismo e arte.
Recepção do Instituto Inhotim
Na Galeria da Praça, a primeira galeria que visitei, a obra da artista Janet Cardiff já nos leva a transcender usufruindo dos recursos da alta tecnologia, um dos meios expressivos empregado pela artista, trata-se da instalação Forty Part Motet [Moteto de quarenta partes]
Galeria da Praça
Forty Part Motet, 2001, instalação sonora em 40 canais, de Janet Cardiff
Ouça o fabuloso moteto compostos por Thomas Tallis, compositor do século 16, para comemoração do aniversário da Rainha Elizabeth 1ª, em 1575. A peça musical foi cantada pelo coro da catedral de Salisbury e utilizada como base para essa instalação da artista Janet Cardiff.
Na área externa da Galeria da Praça encontram-se os murais dos artistas norte-americano John Ahearn e o porto-riquenho Rigoberto Torres, "Abre a porta", trabalho confeccionado em vidra de vidro e tinta automobilística, retratando o cotidiano e a riqueza cultural da comunidade de Brumadinho. OBS.: As obras externas podem ser fotografadas.
"Abre a porta", de John Ahearn e Rigoberto Torres
Na Galeria Cildo Meireles acolhe grandes obras do artista como: "Desvio para o Vermelho", "Clove Trotter" e "Através". Essa última citada, leva ao visitante experimentar, través de sua estrutura labiríntica, novas descobertas. A proposta é que o corpo tenha uma "experiência sensorial das descobertas". Romper o medo, "deixar para trás", e penetrar em seus corredores aparentemente frágeis e transparentes, nem sempre é um percurso fácil de superá-lo.
"Através", de Cildo Meireles
Continente/Nuvem (2008)
A galeria Adriana Verejão já é uma obra de arte a parte. Instalada sobre um "lago artificial", seu espelho d´água proporciona a ilusão de placas de vidros sobre a grama, plano, tranquilo, parado. No interior da galeria abriga obras inquietantes, reflexivas, que contrasta com o calma exterior.
"Celacanto provoca maremoto"
"Linda do Rosário"
Essa obra toma emprestado o nome de um hotel de encontro que desabou no Rio de Janeiro em 2002. Dois corpos foram encontrados nos escombros da construção.
No terraço da galeria está a obra, "Passarinhos - de Inhotim".
"Viewing Machine"
Obra de Olafur Eliasson que tem como princípio o caleidoscópio.
http://www.projetoblog.com.br/2012/centro-de-arte-contemporanea-inhotim/
O Instituto Inhotim possui uma das maiores coleções mundial de palmeira, com cerca de 1400 espécies/híbridos/variedades.
Uma galeria que merece atenção é o Galpão Cardiff & Miller. Nesse "amplo espaço, os artistas instalaram um ambiente sonoro inspirado na gravura O sono da razão produz monstros (1799), de Goya, composto de gravações de marchas, canções de ninar, texto falado e composições musicais, assim como de uma trilha de efeitos incidentais. Soando de 98 altofalantes montados em cadeiras, em pedestais e nas paredes e evocando uma revoada de aves, a obra conduz o espectador através de uma narrativa de sonho que revela as qualidades físicas e escultóricas do som".
http://conversearteexpandida.wordpress.com/2011/05/24/the-murder-of-crows/
Galpão Cardiff & Miller
No Instituto Inhotim a instalação está montada numa galeria/galpão, construída exclusivamente para essa obra.
"Piscina" de Jorge Macchi
Bean Drop Inhotim, 2008
Vídeo mostrando a construção da obra "Bean Drop", de Chris Burden em Inhotim.
"Elevazione" de Giuseppe Penone
"Troca-troca" de Jarbas Lopes
"Troca-troca"
"A Bica" de Marepe
OBS.: Marepe, Marcos Reis Peixoto, é um artista que vive em Santo Antônio de Jesus, interior da Bahia.
Galeria True Rouge
"True Rouge" de Tunga
Galeria de Doris Salcedo
Outra obra intrigante é "Neither" de Doris Salcedo. Obra inspirada na sua visita a campo de concentração de Auschiwitz. Consiste numa sala "vazia" cuidadosamente elaborada com paredes trabalhadas meticulosamente com placas de gesso e aço. O espaço apesar de ser uma caixa branca e de grande proporção pode provocar a sensação de claustrofobia.
"Neither" de Doris Salcedo
A bela Galeria Miguel Rio Branco fica no caminho de acesso das obras de Matthew Barney e Doug Aitken, obras que apesar da "longa" distância do centro do parque e ficaram na montanha, parte elevada da fazenda, são também magníficas e merecem o esforço.
Galeria Miguel Rio Branco
Lanchonete da Galeria Miguel Rio Branco
A Galeria de Matthew Barney é erguida numa clareira da mata, distante cerca de 1 km a partir da Galeria Miguel Rio Branco.
Galeria Matthew Barney
Obra " Da Lama Lâmina" de Matthew Barney
Na parte alta da montanha de delimita a área do Instituto Inhotim, está instalada a obra de Doug Aitken, intitulada "Sonic Pavilion" [Pavilhão Sônico] ou "Sons da Terra", "é uma obra desenvolvida a partir de uma ideia pré-existente e resultado de um processo de cinco anos, entre pesquisa, projeto e construção. A obra se fundamenta num princípio bastante simples, embora ambicioso e de complexa realização. trata-se de abrir um furo de 200 metros de profundidade no solo, para enel instalar uma série de microfones e captar o som da terra".
Galeria Doug Aitken
Obra de Edgard de Souza
"Penetrável Magic Square" de Helio Oiticica
Obra de Yayoi Kusama
"Narcissus garden" de Yayoi Kusama
A obra "Narcissos garden" fica instalada no terraço do Centro de Educação & Cultura
Burle Marx
olá Emanoel,
ResponderExcluirRealmente inhotim é uma atração imperdível de MG, estive mês passado naquele local maravilhoso, me emocionei muito na Forty Part Motet [Moteto de quarenta partes), fiquei ali ouvindo por quase 40 minutos, lembrei-me da tranquilidade e paz transmitida quando estamos na Catedral de Santiago de Compostela.
Parabéns pelas belas fotos.
Forte abraço
Kerjean
http://kerjeanperegrino.blogspot.com.br/
Agora no mês de outubro retornarei a BH e ao Inhotim.
ExcluirO mesmo aconteceu comigo Kerjean, foi a primeira galeria que entrei e as lembranças do Caminho de Santiago veio a tona.
ResponderExcluir