"Nem eu nem ninguém pode viajar essa estrada por você. Você deve atravessá-la sozinho"

Walt Whitman

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Lendas de Makunaima: Origem do Roraima


Fonte: http://www.webventure.com.br/montanhismo/conteudo/noticias/index/id/27071?pag=3

Pânico no Monte Roraima



Fotos: Destroços do helicóptero e o guia Henrry Jose Castro (Jose)


Em 14 de setembro de 1998, o ator e apresentador da Rede Globo Danton Mello, o repórter Fernando Parracho, o diretor Cláudio Savaget, o cinegrafista Sérgio Vertis e o piloto Almir Bezerra passaram a madrugada entre os escombros do helicóptero que caiu no Monte Roraima quando faziam uma reportagem para o Programa Globo Ecologia. As buscas só começaram 52 horas após o acidente, a partir da intuição da esposa de Danton, Laura Malin, que pressentiu que algo de errado havia acontecido. O operador de áudio Ricardo Cardoso acabou falecendo, vítima de uma hemorragia interna. Para rever a reportagem acesse o endereço abaixo:

http://epoca.globo.com/edic/19980921/brasil6.htm

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Expedição ao Monte Roraima - 15 a 22/01/2011

Tepuis, são montanhas na língua dos indígenas Pemóns, que habitam a região, sejam elas pequenas ou grandes, arredondadas ou chapadas (Em forma de mesa, cujo o topo são relativamente planos). Trinta dessas montanhas se encontram na região conhecida como a Gran Sabana Venezuelana, dentro do Parque Nacional Canaima, com 30 mil quilômetros quadrados, considerado um dos mais extensos do planeta Terra. É administrado pelo Imparques, instituto ligado ao Ministério do Meio-Ambiente. Sendo assim, para subir ao Monte Roraima é necessário a autorização do instituto e obrigatório o acompanhamento de um guia indígena ou autorizado pela Aldeia Paraitepuy, de onde se inicia a caminhada (Fotos 01 e 02).

O mais famoso desses montes, o Roraima, situa-se exatamente entre as fronteiras da Venezuela, Guiana e Brasil. Tem 34 km2 de área e o ponto tríplice está a 2.723 metros (Foto 03). Conforme pesquisa de Rafael, disponibilizada no site mochileiros.com, a maior extensão do monte, 85%, pertence a Venezuela, 10% para a Guiana e apenas, 5% em solo brasileiro.

Herry Whitely, um ornitologista, depois de várias viagens ao Roraima, observa em 1884, uma borda inclinada, margeando o precipício vertical; o que pareceu-lhe uma possível passagem para o cume. Porém os esforços para cortar a floresta foram infrutífera. No mesmo ano, Siedel, um colecionador de orquídeas, alemão, junta-se a outras expedições na tentativa de explorarem a tal borda observada por Whitely. No entanto, visto de baixo, parecia intransponível: cerda de dois terços do caminho até a borda, descia um fluxo considerado de águas. Mesmo assim, Everand Thun e Harry Perkins, apesar de toda a dificuldade encontrada, conseguiram chegar ao topo. (Foto 04). O resultado positivo dessa primeira ascensão ao Roraima despertou crescentes interesses. A partir de então, por ser o único caminho, passou a ser utilizado por todas as expedições adeptas ao trekking.

O pacote padrão oferecido pelas agencias de turismo de aventura para o Monte Roraima dura seis dias. Com relação ao custo, as empresas da cidade venezuelana de Santa Elena de Uairen, tem melhores ofertas. Sendo três dias para a subida, um dia no topo e dois para o retorno. Porém o nosso grupo – Veredas: Grupo de Caminhadas da cidade de Salvador-Ba – optou pelo trekking de oito dias (Foto 05).

Segundo pesquisa de Verena, componente e coordenadora do grupo, um dia no topo seria muito corrido e suficiente, apenas, para conhecer poucos pontos de interesse. Com isso foi negociado mais dois dias no topo. Ficando assim:


1º dia: Deslocamento da cidade de Santa Elena de Uairen para a Aldeia Paraitepuy e início da caminhada até o acampamento no Rio Tek. (A depender da logística de cada agência são utilizados, no primeiro dia, os acampamentos próximos aos Rios, Tek ou Kukenan; porém nosso guia e equipe preferiram evitar o acampamento do rio Kukenan por existir maior quantidade do minúsculo mosquito Puri-puris, veraz mosquito da sabana venezuelana, bem como o Karapanan (a conhecida muriçoca);


2º dia: Trekking até o acampamento Base, já próximo a subida para a montanha;


3º dia: Subida e acampamento em alguns dos “hotéis” (Abrigos em que são montados os acampamentos); nossa equipe ficou no "hotel principal";


4º dia: Trekking até o acampamento no “hotel Coati” (em território brasileiro);


5º dia: Continuamos no hotel Coati. Caminhada até a localidade conhecida como Proa, Lago Gladys, Labirintos do Norte, entre outros pontos de interesse;


6º dia: Retorno a um dos hotéis próximo da descida da montanha;


7º dia: Descida e trekking até o acampamento do rio Tek;


8º dia: Do acampamento do rio Tek até a Aldeia Paraitepuy.

Foto 01 - Guia e equipe de apoio

Foto 02 - Aldeia Paraitepuy

Foto 03 - Marco tríplice - Venezuela / Guiana /Brasil


Foto 04 - Passagem para o Monte Roraima


Foto 05 - Grupo Veredas

Referências bibliográficas:

http://www.backpacker-tours.com/

http://www.mochileiros.com/monte-roraima-relato-e-pequeno-guia-mar-09-t34512.html

Contatos dos Guias

ysrrael@hotmail.com

oneroraima@gmail.com

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

I - Monte Roraima

Foto 01 - Vista do Parque Canaima e Monte Roraima

Foto 02 - Grupo Veredas

Primeiro dia: 15 de janeiro de 2011

Chegamos em Boa Vista por volta das 03:00 horas da manhã e já encontramos o veículo da agencia Adventure Tours (http://www.adventuretours.com.ve/) nos esperando no aeroporto (Foto 03).

Seguimos viagem pela BR 174 rumo a Pacaraima, a última cidade brasileira antes da fronteira com a Venezuela. São 220 km e a paisagem inicial é de cerrado, pontilhada por buritis, árvore característica dessas localidades. Em Pacaraima fica o posto da Polícia Federal Brasileira onde registraram e carimbaram nossos passaportes, autorizando nossas saídas do país. De volta ao veículo passamos pelo marco simbólico da fronteira Brasil-Venezuela (Foto 04) e chegamos a Aduana Venezuelana, local para o registro e carimbo de entrada naquele país. Depois de alguns minutos na fila, nossa agente de turismo acabou interferindo no processo de entrada no território do Sr Hugo Chaves (Foto 05).

10 km depois chegamos a Santa Elena de Uairen, quando re-organizamos as nossas mochilas (Foto 06) e seguimos para a Aldeia Paraitepuy (Foto 07) [87 km que só pode ser feito em veículos 4x4, porque 22 km são de estradas de terras com trechos bastantes íngreme e de cascalhos].

Chegando a Aldeia, um rápido lanche nos foi servido, registramos nossos dados no livro de Visitantes exigido pelo Imparques e começamos o nosso trekking (Fotos 08 a 10) por 12 km até o acampamento do Rio Tek (Foto 11).



Foto 03 - Chegada no Aeroporto de Boa Vista - Roraima



Foto 04 -Fronteira Brasil / Venezuela



Foto 05 - Fronteira Venezuela



Foto 06 - Santa Elena de Uairen



Foto 07 - Aldeia Paraitepuy




Foto 08 - Chegada na Aldeia Paraitepuy

Foto 09 - Inicio da Caminhada - Aldeia Paraitepuy



Foto 10 - Vista panorâmica da sabana venezuelana.




Foto 11 - Acampamento do Rio Tek

II - Monte Roraima

Segundo dia: 16 de janeiro de 2011.

Acordamos por volta das 06 horas e nosso café já estava sendo preparados pela equipe de guias e carregadores (Foto 11), foi servido um pão chamado donplin (Foto 12) [com massa preparada e frita na hora]. A equipe é também encarregada de desmontarem as barracas (Foto 13).

Logo após iniciado a caminhada para o dia, com destino ao acampamento Base, atravessou o primeiro rio do percurso chamado Rio Tek (Foto 14). Alguns minutos de caminhada passamos pela Capela de Santa Maria de Tokwono (Foto 15) e logo após atravessamos o segundo rio do percurso, o rio Kukenan (Fotos 16 e 17), localidade que também abriga um sítio para acampamento (Foto 18).

Do rio Kukenan até o acampamento Base a trilha é ascendente, porém em um desnível que é conquistado pouco a pouco. Chegando ao acampamento base foi preparado e servido o almoço por volta das 14 horas (Fotos 19 e 21). Conhecemos o nosso “temido” Baños, mas para a nossa surpresa não era nada tão complicado assim e a vista era deslumbrante. A noite também foi servido o jantar (Fotos 22 e 23).

Foto 11 - Cozinha do acampamento do Rio Tek

Foto 12 - Café da manhã (Donplin: espécie de pão frito)

Foto 13 - Acampamento do Rio Tek

Foto 14 - Rio Tek

Foto 15 - Capela de Santa Maria de Tokwono

Foto 16 - Descida para o Rio Kukenán

Foto 17 - Rio Kukenán

Foto 18 - Acampamento do Rio Kukenán

Foto 19 - Acampamento Base

Foto 20 - Acampamento Base

Foto 21 - Grupo de apoio (Ysrrael)

Foto 22 - Baños no acampamento Base

Foto 23 - Visão panorâmica da Sabana Venezuelana

III - Monte Roraima

Terceiro dia: 17 de janeiro de 2011

Dia dedicado a subida ao Monte Roraima pela localidade conhecida como La Rampa, com 6,4 km.

Logo pela manhã o Roraima costuma amanhecer coberto por uma nuvem (Foto 24). O caminho é iniciado a partir de uma trilha erodida bastante íngreme, depois se estende por dentro de uma mata cuja vegetação é bastante rica em várias espécies de flores, arbustos e bromélias (Fotos 25 a 27). O trecho mais inclinado e que no início nos causa um pouco de apreensão é o trecho chamado Paso de Las lagrimas. Localidade que recebe águas vindas do alto da montanha (Foto 28).

Antes de chegarmos ao nosso acampamento já passamos conhecendo as estranhas formações rochosas e ser apresentado ao Oreophynella quelchi, os minúsculos sapinhos do Monte Roraima (Fotos 29 e 31). Nossa primeira dormida no alto do Roraima foi no “Hotel principal” [localidade embaixo de uma elevação rochosa que serve como abrigo conta os ventos e as chuvas] (Foto 32 e 33).

Foto 24 -Manhã no Monte Roraima

Foto 25 - Subida inicial

Foto 26 - Stegolepis guianensis (flower)

Foto 27 - Trilha no Roraima

Foto 28 - Paso de las lágrimas

Foto 29 - Chegada ao topo do Roraima

Foto 30 - Escultura Natural

Foto 31 - Oreophynella quelchi (sapinho do Monte Roraima)

Foto 32 - Hotel Principal

Foto 33 - Baños no Hotel Principal

IV - Monte Roraima

Quarto dia: 18 de janeiro de 2011

Este dia foi dedicado ao trekking até o “Hotel Coati” (13 km) no lado brasileiro. No caminho fotografamos inúmeras esculturas naturais, estranhas e fascinantes (Foto 34 e 37). Conhecemos o Vale do El Foso (Foto 34 e 35), uma cratera com um rio subterrâneo, local para um rápido lanche (Chocolates Garoto); depois chegamos ao marco do Ponto Tríplice (Foto 38). Antes de chegarmos ao acampamento do Coati passamos por uma floresta com exóticas vegetações (Foto 39). No final da tarde chegamos ao Hotel Coati, formação de grutas que possui um jardim interno (Foto 40 a 42).


Foto 34 - Esculturas Naturais


Foto 35 - Vale do El Foso

Foto 36 - El Foso



Foto 37 - Estranhas esculturas naturais

Foto 38 - Marco Tríplice - Venezuela / Guiana / Brasil


Foto 39 - Schefflera rugosum e Tillandsia tumeri (epifita)
Foto 40 - Hotel Coati
Foto 41 - Galeria internas do Hotel Coati

Foto 42 - Jardim interno do Hotel Coati