O dia seguinte começa às cinco horas da manhã com uma caneca de chá de coca. Seis da manhã. Todos de pé. Os carregadores já tinham partido. Hoje seria a etapa mais difícil do caminho. Tínhamos cerca de dez quilômetros de subida pela frente para nós. A primeira meta era chegar ao Passo de Warmiwañusqa, com seus imponentes 4.200 metros, palavra que em quéchua quer dizer: "onde as mulheres morrem".
A altitude varia de 2.700 e 4.200 metros e não dá para saber o que mais tira o fôlego: se a falta de oxigênio ou as paisagens deslumbrantes.
O efeito da altitude, o soroche, causava-nos cansaço, dor de cabeça e atordoamento. Alguns parados, sentados à beira do caminho. Mas era preciso caminharmos. E subir.
Mais uma parada. Silêncio absoluto. Só ouvíamos o som da respiração ofegante daqueles que por alguns instantes paravam para buscar ar, que parecia sumir.
Mais subida. Extremamente lentos: um passo, uma tomada de ar.
Em cima, o Passo de Warmiwañusqa. Próxima parada, o acampamento que fica nas imediações do sítio arqueológico de Runkuraqay, que fica próximo ao segundo Passo. (Passos são cumes de montanhas)
É a noite mais fria devido a altitude.
Nenhum comentário:
Postar um comentário