O caminho começa a mudar no terceiro dia. A vegetação rasteira dá lugar a uma floresta tropical, sobre o calçamento inca que conduziram os povos de origem séculos atrás.
São encontrados nesse trecho alguns sítios arqueológicos como: Runkuraqay, situado a 3.860 metros nas proximidades do segundo passo. Segundos estudos pode ter sido um posto de vigilância e lugar de rituais. Sayacmarca, 3.525 metros, supõem que foi um templo dedicado a purificação pois em sua construção possui três "banheiros" e um local destinado a estudos astronômicos. Phuyupatamarca, também seria destinado a purificação por possui sete banheiros. Conforme explicação do guia, cada planta aérea das ruínas teria uma forma, de um animal, de uma ave e no caso de Phuyapatamarca seria de uma mulher sentada. Por último chegamos em Wiñay Wayna, 2.750 metros.
A terceira noite é próxima as ruínas arqueológicas de Winãy Wayna. No local possui um albergue, restaurante e banheiros com água quente, porém tal conforto é pago separadamente e com tempo limitado.
Em volta das ruínas existem sempre muitos patamares, construídos para viabilizar o plantio no terreno acidentado. Enquanto em torno das casas comuns colhiam-se gêneros alimentícios, próximos aos templos, cultivavam-se jardins que, a julgar pela peculiaridade das flores silvestres ali encontradas. Hoje são catalogadas cerca de 100 espécies de orquídeas na região.
O restaurante é utilizado para uma confraternização da expedição e após servir o jantar é costume rolar uma caixinha para dar gorjeta aos carregadores; uma prática que repetiu nas duas vezes em que fiz o caminho, tanto em 1997 quanto em 1999.
Nossa guia estipulou o horário para levantarmos às quatro horas da madrugada. Após o café, tínhamos ainda alguns quilômetros para andar até Machu Picchu, no qual deveríamos alcançar a Porta do Sol antes dos primeiros raios da manhã. O espetáculo seria perceber aos poucos os raios iluminarem a cidadela.
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