"Nem eu nem ninguém pode viajar essa estrada por você. Você deve atravessá-la sozinho"

Walt Whitman

quinta-feira, 31 de março de 2011

Etapa: Estella à Los Arcos




31 de março de 2010 – Etapa Estella à Los Arcos

Além das excelente instalações do Albergue de Estella outra supresa foi proporcionada a todos os peregrinos que se encontravam naquele recinto; um pequeno banquete matutino nos aguardava. Café comum e descafeinado, leite, achocolatado, geleias de diversos sabores, biscoitos, pães, etc. Tudo isso ao custo das doações voluntárias.

Depois do rico café matinal seguimos, ainda no escuro, o caminho para Los Arcos. Eu bem mais leve, mesmo de barriga cheia, depois de ter despachado de alguns kilos via correio. Mesmo o caminho não apresentando grandes dificuldades, mais o trajeto para aquele dia era um pouco mais longo do que estavamos trilhando nos dias anteriores e segundo relatos o caminho apresentava pouco áreas com vegetações. (Foto 01)


Visão da lua cheia no início da manhã próximo a Irache

Cerca de 3 kilometros de Estella, passamos pela Fuente Vino de Irache. Localidade conhecida dos peregrinos pela possibilidade de degustar um pouco de vinho gratuitamente a partir de uma fonte acessivel a todos mais atentos. (Foto 02)

Andando um pouco mais, próximo ao clube de tenis e golfe de Irache, uma visão supreendente dos morros chamou a minha atenção devido a semelhança com a região da Chapada Diamantina na Bahia. (Foto 03)


Fonte na vinícola de Irache

Cadeia de montanha que mim fez lembrar a Chapada Diamantina - Bahia

O trecho que apresenta um aclive mais significativo é nas imediações do povoado de Azqueta. É nesta cidadela que reside um dos personagens mais marcante do Caminho, o lendário Pablito dos cajados. Não passei por sua casa, mas conta alguns escritores, lidos anteriormente, que esse personagem costumava trocar os cajados dos peregrinos que ele julgava inconveniente ou muito pesado, por outro mais leve e confortável.

Essa etapa também é envolvida por belas paisagens envolvendo pequenos povoados como Ayegui, Azqueta e Villamayor de Monjardin, com sua bela ruina do um castelo no topo de um monte (Foto 04)


Saída de Villamayor de Monjardin e vista do Castelo

Alguns quilômetros de Villamayor de Monjardim, passamos por uma localidade que é conhecida como Cuerva de los hombres verdes, Caverna dos homens Verdes, devido a descoberta de corpos humanos apresentando uma coloração verde-azulada, no ano de 1958. Que segundo estudos arqueológicos datam de 1.000 anos antes de Cristo. (Foto 05) vide endereço eletrônico abaixo


Sinalização sobre a Curva de los Hombres Verdes

Outra visão encantadora foi nas imediações de Los Arcos; fomos envolvidos por um grupo de crianças andando com seus professores. Para eles falar e perguntar as procedências dos peregrinos era uma diversão. Uma atividade que se repetiu em outras localidades ao longo do Caminho, principalmente nas sextas-feira. (Foto 06)


Alunos em atividade escolar

Como de costume, por volta das 14:00 horas, chegamos ao nosso destino para aquele dia. O Albergue é pequeno mais acolhedor e é administrado por um casal de idoso autriacos. Sair para fazer umas pequenas compras pois iria preparar a minha própria comida. Foi exatamente nesse almoço que comecei uma amizade com uma peregrina da Italia, chamada Dayse, uma americana de nome Alicia, e o peregrino coreano chamado Kow (Foto 07)


Albergue de Los Arcos

A noite foi até a belíssima Catedral de Los Arcos participar da celebração dedicada aos peregrinos e assistir um vídeo documentário a respeito das relíquias sacras atribuidas aos santos espanhois (Foto 08 e 09)

Despesas básicas

Valor em Euros

Despesas com alimentos

14,30

Dormida

4,00

Telefone

2,00

Internet

1,00

Catedral de Los Arcos

Interior da Catedral de Los Arcos


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