Mas, afinal de contas, qual a razão dessa estrada ter se transformado em uma vereda da salvação? Segundo a tradição, o apóstolo Tiago (filho de Zebedeo e Salomé), irmão de São João Evangelista, após a crucificação de Jesus, passou seis anos pregando na Espanha. Retornando à Palestina foi decapitado por ordem de Herodes Agripa, que proibiu até mesmo que ele fosse enterrado. Pouco antes de morrer, Tiago pediu a dois de seus discípulos, Atanásio e Teodoro, que seu corpo fosse levado de volta à Ibéria. Seus restos, assim, teriam sido depositados numa tumba de mármore e levados num barco até a cidade de Iría Flávia – hoje Padrón - , às margens do Rio Ulla. A viagem seguiu por terra até um bosque chamado Libredón, onde, enfim, ele acabou sendo enterrado, no ano de 44 d.C. O lugar ficou esquecido durante séculos. Só em 813 um eremita de nome Pelayo, conforme a lenda, guiado por uma chuva de estrelas chegou ao bosque. No exato ponto onde caíram as estrelas vista por ele estava enterrado os despojos associado ao apóstolo Tiago Maior. Alfonso II, o Casto, rei das Astúrias, mandou construir no lugar uma capela de pedra e argila, assim nascei o mito de São Tiago do Campo das Estrelas, o local foi batizado de Compostela – do latim campus stella - numa referencia às luzes que guiaram o eremita.
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