7º Parágrafo
Muitos buscam o caminho na visão dos místicos. Onde, através da peregrinação, possa levar da desesperança à salvação, do pecado à redenção, do terreno ao divino. O limite entre o real e o imaginário continua indefinido até o ponto final, em Santiago. Em sua igreja, não importa a hora do dia, encontra-se uma pequena babel, com peregrinos de todos os pontos do mundo. Para muitas pessoas, a peregrinação a pé a Santiago de Compostela representou uma das experiências mais gratificantes de suas vidas. Porém, para realizar este sonho, ao mesmo tempo que um preparo físico e mental, é necessário um trabalho de consciência. É preciso ambientar-se com a rota. Ler sobre a história do Caminho e das peregrinações. Conhecer as experiências de outros peregrinos também pode ajudar bastante. Mas lembre-se: o motivo que o leva a percorrer a rota é pessoal. Percebe-se que, mais importante que chegar a algum lugar é simplesmente estar no caminho. Como disse Sidartha Guatama, o Buda, difusor da religião oriental que, em princípio, pouca coisa tem em comum com os preceitos cristãos que consagraram o Caminho de Santiago: “Você não pode seguir o caminho antes de ter se tornado o próprio caminho”. Não é possível seguir o Caminho de Santiago antes de ter se tornado parte dele. Um processo muito semelhante ao que acontece com cada peregrino, que, ao descobrir o caminho, descobre a si mesmo.
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