Foto 02 - Fachada principal da Catedral de Burgos
No começo do século XVII, a arquitetura predominante era ainda a românica. Porém, já começavam a aparecer as primeiras mudanças que revolucionaria profundamente na arte de projetar e construir os grandes edifícios. No final do século XVI, essa nova arquitetura foi chamada ironicamente de gótica pelos estudiosos, que a consideravam de aparência tão bárbara e esdrúxula que bem poderia ter sido criada pelos Godos, povo que invadiu o Império Romano e destruíram muitas obras da antiga civilização romana. Mais tarde perdeu o caráter depreciativo e ficou ligado à arquitetura das Catedrais dos arcos ogivais.
A primeira diferença entre uma igreja gótica e uma românica é a fachada. Enquanto a românica apresenta uma única portada, a gótica tem três portais que dão acesso às três naves do interior da igreja: a nave central e as duas naves laterais.
A arquitetura gótica se apoiava nos princípios de um forte simbolismo teológico, fruto do mais puro pensamento escolástico: as paredes eram a base espiritual da Igreja, os pilares representavam os santos, e os arcos e os nervos eram o caminho para Deus. Além disso, nos vitrais pintados e decorados se ensinava ao povo, por meio da mágica luminosidade de suas cores, as histórias e relatos contidos nas Sagradas Escrituras.
O escritor A. J. Barros, no livro O enigma de Compostela, traça um paralelo entre os dois estilos arquitetônicos o qual diz:
[...] os dois estilos mostram maneiras diferentes de se ver Deus... No românico, o interior das igrejas tem pouca luz, para que a pessoa medite e sinta a plena força da divindade. Já o gótico é alegre, nele as janelas são maiores, e a claridade mostra o ser humano como parte da divindade. No românico, o homem fica na escuridão e Deus desce até ele. No gótico, é o homem que se eleva até a presença de Deus, através da luz que inunda o ambiente.
A construção gótica, de modo geral, se diferenciou pela elevação e desmaterialização das paredes, assim como pela especial distribuição da luz no espaço. A intenção era criar no visitante a impressão de um espaço que se alçava infinitamente até o céu. Tudo isso foi possível graças a duas das inovações arquitetônicas mais importantes desse período: o arco em ponta, responsável pela elevação vertical do edifício, e a abóbada cruzada, que veio permitir a cobertura de espaços quadrados, curvos ou irregulares. (Fotos 01 a 07)
A primeira diferença entre uma igreja gótica e uma românica é a fachada. Enquanto a românica apresenta uma única portada, a gótica tem três portais que dão acesso às três naves do interior da igreja: a nave central e as duas naves laterais.
A arquitetura gótica se apoiava nos princípios de um forte simbolismo teológico, fruto do mais puro pensamento escolástico: as paredes eram a base espiritual da Igreja, os pilares representavam os santos, e os arcos e os nervos eram o caminho para Deus. Além disso, nos vitrais pintados e decorados se ensinava ao povo, por meio da mágica luminosidade de suas cores, as histórias e relatos contidos nas Sagradas Escrituras.
O escritor A. J. Barros, no livro O enigma de Compostela, traça um paralelo entre os dois estilos arquitetônicos o qual diz:
[...] os dois estilos mostram maneiras diferentes de se ver Deus... No românico, o interior das igrejas tem pouca luz, para que a pessoa medite e sinta a plena força da divindade. Já o gótico é alegre, nele as janelas são maiores, e a claridade mostra o ser humano como parte da divindade. No românico, o homem fica na escuridão e Deus desce até ele. No gótico, é o homem que se eleva até a presença de Deus, através da luz que inunda o ambiente.
A construção gótica, de modo geral, se diferenciou pela elevação e desmaterialização das paredes, assim como pela especial distribuição da luz no espaço. A intenção era criar no visitante a impressão de um espaço que se alçava infinitamente até o céu. Tudo isso foi possível graças a duas das inovações arquitetônicas mais importantes desse período: o arco em ponta, responsável pela elevação vertical do edifício, e a abóbada cruzada, que veio permitir a cobertura de espaços quadrados, curvos ou irregulares. (Fotos 01 a 07)
Fontes: PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Editora Ática S.A. 1990.
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