"Nem eu nem ninguém pode viajar essa estrada por você. Você deve atravessá-la sozinho"

Walt Whitman

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Cusco: O umbigo do mundo

Praça das Armas - Cusco

Cusco, chamada de umbigo do mundo na língua quíchua, idioma que ainda é utilizado por grande parte da população local, era o mais importante centro administrativo e cultural do Império Inca ou Tahuantinsuyu.

O Império resistiu até o ano de 1532, quando a cidade foi invadida e saqueada pelo conquistador espanhol Francisco Pizarro. As antigas moradias e fortalezas incas serviram de alicerces para as novas construções em estilo espanhol, dando lugar aos arcos, fachadas barrocas e balcões de madeiras, o que o transformou no centro arqueológico mais importante da América pré-colombiana.


BTG - Boleto Turístico Geral

Para visitar alguns dos principais pontos turístico da cidade e entorno é necessário adquirir um bilhete único que dar acesso as tais localidades.

Em torno da Praça das Armas, fervilha um comércio ativo. A imponente Catedral domina o ambiente. Possui sete sinos nas torres, sendo o principal chamado de “Maria Angola”, e é feito em ouro, prata e bronze, pesando 1,2 toneladas.



Fotos da Praça das Armas em Cusco.










A melhor maneira de ir conhecendo aos poucos o grandioso Império Inca, é fazer, em primeiro lugar, um city tour no entorno da cidade, para depois conhecer os sítios arqueológicos do Vale Sagrado dos Incas e por ultimo a trilha inca até Machu Picchu. Todos os outros sítios arqueológico perdem o encantamento diante da cidadela inca.

Ao redor de Cusco, um grupo arqueológico resistiu ao tempo. A fortaleza de Sacsahuana impressiona pelos gigantescos blocos de pedras. Um pouco mais a frente está Q´enqo, que segundo estudiosos foi um centro religioso. Depois vem Puca-Pucara, que serviu de defesa à capital do império, e por ultimo Tambomachay, conhecido como balneário do inca, devido ás águas cristalinas que jorram através das pedras.

Entre as dezenas de igrejas e conventos de Cusco, cabe à singela igreja de San Brás, no típico bairro de Ttoccocachi, o púlpito mais original construído de um só tronco.

Companheiras: Mary e Suely Carvalho.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Vale Sagrado dos Incas

REVEILLON DE 1999

Viagem realizada em 14 dias ao Peru e Bolívia observando a região do altiplano andino das cidades de Cusco e Vale Sagrados dos Incas, no Peru e Copacabana e La Paz, na Bolívia. Incluindo uma caminhada de quatro dias no Caminho Inca à Machu Picchu.



Tour ao Vale Sagrado dos Incas

Após tomarmos um rápido café da manhã, acertamos um tour para o Vale Sagrado dos Incas. Normalmente esse passeio saem por voltas das 08:00 horas. O primeiro itinerário da rota é a cidadela de Pisac, de onde se avista a clássica paisagem panorâmica do Rio Urubamba, serpenteando as áreas de cultivo.
Distante 32 quilômetros de Cusco, a cidadela de Pisac está a 2.971 metros de altitude. Incrustada no Vale, possui um mercado de artesanato, que é uma oportunidade para interagir com a população local, e um sítio arqueológico.

Mercado de artesanato de Pisac

Vista panorâmica de Pisac

Depois de passarmos por Urubamba, seguimos para Ollantaytambo. Distante 65 quilômetros de Pisac e está a 2.780 metros de altitude. Possui um grupo arqueológico que foi o centro do Império Tahuantisuyo. O povoado é um dos mais tradicional do Vale Sagrado, é notáveis pelas suas ruas calçadas com pedra e um sistema de canais do período inca. O sítio arqueológico impressiona pelas dimensões das paredes de pedras.

Sítio arqueológico de Ollantaytambo

Vista panorâmica de Ollantaytambo

No final da tarde seguimos para Cinchero. Distante 48 quilômetros de Ollantaytambo, e a 3.109 metros, Chichero é outra singela cidade do Vale Sagrado dos Incas. Rodeada de picos nevados, possui uma igreja que é considerada a "Capela Sistina do Peru", por possuir pinturas por todo seu interior.


Chegada a Chinchero

Igreja de Chinchero

Um pequeno mercado de artesanato desenvolvesse na parte externa da Igreja.

Companhia: Mary Galvão e Suely Carvalho.

sábado, 21 de maio de 2011

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Arquipélago de Abrolhos

O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos foi criado em 1983. Fica situado no extremo Sul da Bahia na região denominada Costa das Baleias, a cerca de 70 km do litoral de Caravelas, principal ponto de apoio para quem deseja visitar o Arquipélago.

Seu acesso pode ser feito de lancha, traineira, escuna ou veleiro. É constituído por cinco ilhas de formação vulcânica: Santa Bárbara, Siriba, Redonda, Sueste e Guarita.



As baleias jubarte freqüentam o Parque de Abrolhos de julho a Dezembro. Durante todo esse período o espetáculo de saltos e esguichos é praticamente garantido. Mas os melhores meses são outubro e novembro. É quando as baleias se exibem com mais desenvoltura.









Das ilhas que compõem o arquipelago de Abrolhos apenas a de Santa Bárbara é habitada, porém pertence à Marinha e, por se tratar de uma base militar, não pode receber visitantes sem autorização expressa, concedida pelo 2º Distrito Naval, localizado em Salvador.

Possui um farol, algumas casas, onde residem, além dos militares e suas famílias, funcionários do Ibama – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, pesquisadores e visitantes autorizados. Encontra-se ali também uma Capela em louvor a Santa Bárbara.




Vista panorâmica do Arquipélago de Abrolhos



Roberto - proprietário do Veleiro Coronado



A ilha redonda é a terceira maior do arquipélago, mas sua visitação ficou suspensa a partir de 1997, devido a um grande incêndio. Grande quantidade de fragatas, que ali construíam seus ninhos e criavam seus filhotes, atualmente migraram para a ilha Sueste, juntamente com aos atobás.


A Sueste é a segunda maior ilha do arquipélago. Nela vive a maior colônia de atobás-marrons, aves também endêmicas do arquipélago.


Ilha Redonda e Veleiro Coronado


A única que é permitida a visita de turistas, limitada a espaços restritos e acompanhado por um guia do Ibama é a ilha Siriba. A visita é acompanhada para não incomodar a maior colônia de arobás-brancos do arquipélago, que ali vive e que é uma ave própria de Abrolhos.



No entanto, como iríamos dormir na embarcação, deixamos para visitar a ilha no final da tarde quando o funcionário do Ibama faria a última vistoria na ilha para retirar possível dejetos deixados pelos visitantes. Assim teríamos mais tempo para percorre-la, além de ser um momento em que a ilha estaria bem movimentada com seus moradores trazendo alimentos para seus filhotes.






Visita a Ilha Siriba





Atobás-brancos






Amanhecer em Abrolhos




Baleias Jubartes



Retorno à Caravelas



Data da viagem: 19 a 21.09.1998

Hospedagem: Veleiro Coronado.

Tripulantes: Ângela, Emanoel, Mary e Suely - Roberto (proprietário do veleiro) e Caio (auxiliar)

domingo, 15 de maio de 2011

Cachoeirão por baixo - Chapada Diamantina.

Trilha: Andaraí - Paty de Baixo - Cachoeirão por baixo



Esta trilha começa em Andaraí, nome de origem Tupi-guarani, que significa "Rio dos Morcegos" (Andira = morcego e Y = rio), na língua dos primeiros habitantes do local, os índios cariris.



O início é o mesmo da trilha do Vale do Paty. Só quando chega as margens do rio Paty, é que o trilheiro deverá seguir o caminho a direita, sentido o Prédio Escolar e a casa do "Seu Eduardo".



Nesse ponto ele poderá procurar abrigo nas casas dos moradores local ou acampar em algum ponto que ofereça segurança, principalmente com tromba d'água.



Vista panorâmica do Paty de Baixo ou Vale do Cachoeirão



É prudente deixar para fazer a visita ao Cachoeirão no dia seguinte pois a trilha que dar acesso, a partir da Casa de "Seu Eduardo", é seguindo a margem direita do Rio Cachoeirão, até alcançar, mais adiante o seu leito. No final do boqueirão a trilha é sobre as pedras até chegar a base e o lago das cachoeiras.





Cachoeirão por baixo



Cachoeirão por baixo



Base do Cachoeirão

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Vale do Paty - Chapada Diamantina - Bahia

TRILHA DO VALE DO PATY

Opção 01: Andaraí - Paty - Guiné

A trilha é nomalmente feita em três dias de caminhada, com duas noites dormidas ao longo do trajeto, em barracas, casas de moradores, grutas ou pontos de apoios. Porém não existe uma regra rígida quanto ao tempo de conclusão. Dependendo do tempo disponível e da disposição, pode-se aproveitar para outras trilhas bifurcadas ou terminá-la em menos tempo, desde que com um ritmo bem acelerado, o percurso total tem em média 32 quilômetros.

A trilha que corta o Vale do Paty é uma das mais bonita do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Ela caracteriza pelo amontoado de pedras sobrepostas que acompanham o relevo acidentado do vale, margeando o rio Paty.

Fazendo a opção de começa-la a partir da cidade de Andaraí, o caminhante deve seguir o caminho no sentido da Cachoeira do Ramalho, Serra do Roncador. Os primeiros 8 km tem uma predominância em aclive até chegar em um assentado ou platô. Na subida avistam-se a nascente do Rio Baiano, encravado na Serra da Onça e, ao longe, a vista panorâmica do Marimbu, região pantaneira da Chapada, sobre o Vale de Andaraí.





Atingindo o alto da montanha, a paisagem se perde ao longe do maravilhoso Vale do Cachoeirão, situado entre as serras do Sobradinho e a do Canto Escuro. É no Vale do Cachoeirão que reside uma das lendas viva do Vale do Paty, o Senhor Eduardo, personagem inúmeras vezes fotografados pelo fotógrafo Araquém Alcântara.


Vista panorâmica do Vale do Cachoeirão

Vista panorâmica do Vale do Paty

Nesse trecho, a trilha começa a descer a famosa Ladeira do Império, calçada em lajedos de pedras da época do garimpo de diamantes, no século XVIII. A trilha Andaraí-Guiné, como praticamente todas as da Chapada Diamantina, foi aberta por tropeiros que abasteciam os garimpeiros em busca de ouro e diamante nos confins da Serra do Sincorá. A Ladeira do Império é íngreme e de terreno pedregoso. Tem uma vegetação exuberante. Na descida, exige atenção e cautela.


Chegando ao vale, encontra-se o Rio Paty. Atravessa para a margem esquerda e segui a trilha acompanhando a margem direita do Rio Cachoeirão, até chegar à casa do Senhor Eduardo, onde poderá se alojar ou acampar. Hoje outros moradores já prestam serviços com acolhida aos trilheiros.

Rio Cachoeirão


Casa de Senhor Eduardo - Paty de Baixo ou Vale do Cachoeirão

Senhor Eduardo

Instalações simples, porém um serviço acolhedor.


Desse ponto o mochileiro pode continuar seguindo a margem direita do Rio Cachoeirão, até alcançar no final do boqueirão às Cachoeiras, conhecidas com o nome de Cachoeirão. Passeio para mais um dia.

Retornando sentido Rio Paty, encontra-se, mais a frente, uma ponte de concreto do lado direito, mas não precisa atravessá-la. A trilha continua margeando o rio pelo lado esquerdo, até chegar a uma localidade conhecida como Prefeitura, casebre erguido para servir de alojamento aos mercadores na primeira metade do século passado. Aqui, já no meio do Vale do Paty, a paisagem delineia belas montanhas e o terreno começa a um ligeiro aclive, sentido ao chamado Paty de Cima, cerca de 4 quilômetros de distancia.






Rio Paty


Paty do Meio - Prefeitura

Nas imediações do Morro do Castelo, ou “Morro dos Cinco Dedos”, como alguns a chamam, encontra-se a casa de Senhor Wilson, outros pioneiro nos serviços de acolhimento aos trilheiros no Vale do Paty.

Inúmeras trilhas podem ser feitas a partir da Casa de Sr. Wilson. Subida ao Morro do Castelo, no qual possui uma caverna no seu topo; uma para o Cachoeirão por cima; ao Gerais do Vieira; a Cachoeira do Funil, entre outras.


Casa de Senhor Wilson - Pary de Cima






No dia seguinte seguimos caminho no sentido dos Gerais do Rio Preto, para o povoado do Guiné. Uma íngreme ladeira, a partir da casa de Senhor Wilson, nos leva até o topo do morro ou passo. Uma bela paisagem descortina para o Vale do Paty.



Vista panorâmica do Vale do Paty de Cima

Descendo uma acentuada ladeira, chega-se a Ruinha, localidade que também é utilizada como ponto de apoio aos mochileiros. A partir daí o caminhante tem duas opções sentido Gerais do Rio Preto, uma mais curta, tomando um atalho por uma íngreme subida na qual envolve uma pequena “escalaminhada”, um misto de caminhada e escalada por pedras e encostas. Ou seguir o caminho até chegar ao final do paredão da encosta da Serra do Gerais do Rio Preto, bem mais longa.

Vista da Ruinha


Localidade conhecida de Ruinha

Igreja da Ruinha

Atingindo o platô, o panorama descortina para uma magnífica visão do Vale do Paty, na esquerda desfruta-se a belíssima paisagem onde figura o grandioso Morro da Lapinha, também conhecido como Morro Branco do Castelo ou Morro Branco do Paty.

Vale do Paty e Morro do Castelo (esquerdo)
Morro Branco do Paty

Morro Branco do Paty e vista da Ruinha

Seguindo a campina em frente, pelos vastos Gerais do Rio Preto, chega-se a ladeira do Morro do Beco, vertente ocidental da Serra do Sincorá, na qual alcança a encantadora Vila do Guiné.

Rio Preto

Antes de encararmos a íngreme descida da Ladeira do Beco, fomos observar uns registros de pinturas rupestres.


Vista panorâmica da Vila do Guiné

Sítio de Pinturas Rupestres

Pinturas Rupestres no Morro do Beco

Vila do Guiné

Vista panorâmica da Serra do Sincorá