"Nem eu nem ninguém pode viajar essa estrada por você. Você deve atravessá-la sozinho"

Walt Whitman

terça-feira, 28 de junho de 2011

domingo, 26 de junho de 2011

Bolívia - La Paz


Avenida Mariscal Santa Cruz

A cidade de La Paz fica em plena região andina a 3.660 metros. Sua altitude é uma das maior dificuldades a ser enfrentada pelos visitantes brasileiros e seu efeito, o soroche, é percebido nas primeiras horas.

Igreja de São Francisco, centro de La Paz

O paliativo é experimentar o chá de coca. Embora a droga proveniente dessa planta seja também proibida na Bolívia, a folha é largamente empregada no preparo de chás. Segundo informações dos habitantes andino, o chá ajuda a estabilizar a pressão arterial, que costuma variar por causa da altitude aliviando as dores de cabeça e outros males associados ao soroche.

As agências de turismo de La Paz oferecem normalmente quatro pacotes de passeios para a região: Chacaltaya, as montanhas cujos picos permanecem todo o tempo coberto de neve, é considerada a mais alta estação de esqui do planeta; Vale de la Luna, uma região que por sua formação assemelha à superfície lunar; Tiahuanaco, as ruínas do período pré-incaico; e Copacabana e o lago Titicaca.

Na cidade um passeio é o Mercado de Las Brujas, em uma das travessas da Calle Sagarnaga, no centro.


Calle Sagarnaga, Mercado das Bruxas


No final da tarde as ruas centrais de La Paz transforma-se em um grande comércio informal, onde encontramos todos os artigos importados a preços tentadores, mas é necessário muito cuidado com os produtos "made in China".

Uma grande passeata das mulheres bolivianas reivindicando melhores condições.




sábado, 18 de junho de 2011

Bolívia - Copacabana


A viagem do Peru para a Bolívia, via terrestre, é cercada de muitas aventuras. Em Cusco, evite comprar as passagens em agencias de viagens espalhadas na Praça das Armas. Muitas agências, iludem os passageiros dizendo que os ônibus possuem tais e tais confortos, oferecem um excelente serviço etc, por isso cobram um valor bem superior ao custo das passagens adquiridas na própria rodoviária ou empresa de transportes. Mas ao chegar na rodoviária o passageiros viajará nos mesmos ônibus de linha comum e muitas vezes sem todos os serviços oferecidos pelas agências.

Já em território boliviano, temos que fazer a travessia do Lago Titicaca. É o lago navegável mais alto do planeta terra, a 3.812 metros de altitude. Deixamos o ônibus que é conduzido em uma balsa e seguimos a travessia de lancha, porém é necessário pagar uma taxa extra para tal viagem.




Copacabana

A cidade de Copacabana é uma cidade-santuário dos Bolivianos quanto Peruanos. Centro de peregrinação desde o período pré-colombiano, é a principal cidade no entorno do Lago Titicaca que saem embarcações para a Ilha do sol e ilha da Lua, ilhas sagradas dos Incas.


O morro do Calvário é um dos passeios acessível na localidade, dele podemos observar uma vista panorâmica da cidade, bem como do lago.

Muitos rituais de benção são executados no morro. Nos sábados uma cerimônia bastante exótica e colorida acontece na Catedral quando são abençoados os automóveis. Seus proprietários os enfeitam com muitas flores coloridas, correntes de papeis e banhos de bebidas espumantes.




Praia do Lago Titicaca

Curiosidade:

No século XIX uma réplica da imagem da Virgem Maria foi feita e levada ao Rio de Janeiro-Brasil, onde foi criada uma pequena igreja para a Nossa Senhora de Copacabana, constituída por comerciantes espanhóis, e algumas chácaras e sítios. A igreja foi crescendo, e acabou dando o nome ao bairro de Copacabana.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Caminho Inca - Quarto dia.

Acordamos bem cedo. O objetivo para esse dia é chegar a cidade sagrada de Machu picchu. Nossa guia nos orientou que deveríamos esperar o grupo na Porta do Sol, Intipunku, quando aguardaríamos a cidadela ser iluminada gradualmente pelos primeiros raios solares.



O caminho beira a abismos no qual avistamos o rio Urubama.



Vista panorâmica de Machu Picchu


Guia Patrícia


Conta à história que numa tarde chuvosa de 1911, o professor Hiran Bingham foi conduzido por um garoto até as ruínas que estavam coberta de mato.









Praça das Três Ventana


Vista panorâmica de Machu Picchu



Apesar dos mistérios que perduram sobre a história da cidade, uma nítida organização urbanística permitiu alguns estudos acerca da divisões em setores. Fala-se então dos bairros da nobreza imperial, na praça sagrada, no bairro dos mestres e artesões.


Sofisticadas engenharia de esgotamentos sanitários canalizavam as águas na cidade sagrada.




O chamado Túmulo Real, com o altar de sacrifício, sob a torre defensiva com os degraus talhados na rocha.



Túmulo Real



Bairros divididos em setores




No final da manhã seguimos para Águas Calientes, cidadezinha ás margens do rio Urubama, na base da montanha onde está Machu Picchu, local onde almoçamos e aguardamos o trem de volta à Cusco.



Águas Calientes


Em Águas Calientes, existe termas no qual os trilheiros aproveitam para um banho mais demorado.


Águas Calientes

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Caminho Inca: terceiro dia

O caminho começa a mudar no terceiro dia. A vegetação rasteira dá lugar a uma floresta tropical, sobre o calçamento inca que conduziram os povos de origem séculos atrás.

São encontrados nesse trecho alguns sítios arqueológicos como: Runkuraqay, situado a 3.860 metros nas proximidades do segundo passo. Segundos estudos pode ter sido um posto de vigilância e lugar de rituais. Sayacmarca, 3.525 metros, supõem que foi um templo dedicado a purificação pois em sua construção possui três "banheiros" e um local destinado a estudos astronômicos. Phuyupatamarca, também seria destinado a purificação por possui sete banheiros. Conforme explicação do guia, cada planta aérea das ruínas teria uma forma, de um animal, de uma ave e no caso de Phuyapatamarca seria de uma mulher sentada. Por último chegamos em Wiñay Wayna, 2.750 metros.


Vista da ruína arqueológica de Wiñay Wayna

A terceira noite é próxima as ruínas arqueológicas de Winãy Wayna. No local possui um albergue, restaurante e banheiros com água quente, porém tal conforto é pago separadamente e com tempo limitado.


Wiñay Wayna

Em volta das ruínas existem sempre muitos patamares, construídos para viabilizar o plantio no terreno acidentado. Enquanto em torno das casas comuns colhiam-se gêneros alimentícios, próximos aos templos, cultivavam-se jardins que, a julgar pela peculiaridade das flores silvestres ali encontradas. Hoje são catalogadas cerca de 100 espécies de orquídeas na região.

Jantar de confraternização na terceira noite do Caminho Inca

O restaurante é utilizado para uma confraternização da expedição e após servir o jantar é costume rolar uma caixinha para dar gorjeta aos carregadores; uma prática que repetiu nas duas vezes em que fiz o caminho, tanto em 1997 quanto em 1999.

Nossa guia estipulou o horário para levantarmos às quatro horas da madrugada. Após o café, tínhamos ainda alguns quilômetros para andar até Machu Picchu, no qual deveríamos alcançar a Porta do Sol antes dos primeiros raios da manhã. O espetáculo seria perceber aos poucos os raios iluminarem a cidadela.


sábado, 4 de junho de 2011

Caminho Inca: segundo dia

O dia seguinte começa às cinco horas da manhã com uma caneca de chá de coca. Seis da manhã. Todos de pé. Os carregadores já tinham partido. Hoje seria a etapa mais difícil do caminho. Tínhamos cerca de dez quilômetros de subida pela frente para nós. A primeira meta era chegar ao Passo de Warmiwañusqa, com seus imponentes 4.200 metros, palavra que em quéchua quer dizer: "onde as mulheres morrem".


A altitude varia de 2.700 e 4.200 metros e não dá para saber o que mais tira o fôlego: se a falta de oxigênio ou as paisagens deslumbrantes.


O efeito da altitude, o soroche, causava-nos cansaço, dor de cabeça e atordoamento. Alguns parados, sentados à beira do caminho. Mas era preciso caminharmos. E subir.




Mais uma parada. Silêncio absoluto. Só ouvíamos o som da respiração ofegante daqueles que por alguns instantes paravam para buscar ar, que parecia sumir.



Mais subida. Extremamente lentos: um passo, uma tomada de ar.

Em cima, o Passo de Warmiwañusqa. Próxima parada, o acampamento que fica nas imediações do sítio arqueológico de Runkuraqay, que fica próximo ao segundo Passo. (Passos são cumes de montanhas)


É a noite mais fria devido a altitude.


As instalações do segundo acampamento são melhores do que o primeiro. Possui banheiros em alvenaria, porém não estavam limpos.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Caminho Inca: primeiro dia

Caminho Inca

A saída de Cusco é bem cedo, nos primeiros momentos do dia. O ônibus nos levaria até o Km 82 da estrada que liga Cusco a Águas Calientes, na região de Chilca.


Como dica econômica, é prudente pesquisar bastante as agencias de viagem, elas costumam ter valores bem diferenciados. Oferecem tais e tais vantagens nos serviços, porém na prática funcionam com um acordo entre elas. Assim que completa 15 caminhantes, fecham o pacote e liberam o grupo.

Depois de atravessarmos o rio Vilcanota, dar-se início ao caminho inca. Para o primeiro dia é programado uma caminhada em torno de 15 quilômetros.




Somos instruídos a levar pouca bagagem, porque a agencia de viagem só se responsabiliza em contratar carregadores para levarem as barracas, refeições e demais equipamentos da viagem. De resto, todos levam seu sleeping bag, roupas, artigos para higiene pessoal e reforço alimentar.


Rio Vilcanota

O primeiro dia, a paisagem é campestre, com subidas leves e trechos relativamente planos. O objetivo é chegar acima da localidade chamada Wayllabamba, onde estaria montado o nosso primeiro acampamento. Nesse acampamento tomar banho é complicado, o mais comum é se lavar apenas com um pano molhado ou encarar os córregos da região, com a temperatura peculiar das águas vindas do degelo das neves andinas.




Parada para um descanso


Local da primeira dormida

Fomos orientados a deixar as mochilas guardada nesta casa pois poderia acontecer roubos nas barracas e a agencia não se responsabilizaria pelo acontecido.