16 de abril de 2010 – Etapa: Santa Catalina de Somoza à El Acebo
Partimos de Santa Catalina de Somoza com destino a Foncebadon, há 18 quilômetros. O tempo continuava frio e chuvoso e, assim, essa seria a nossa jornada para este dia.
Conforme informações colhidas, o caminho era ascendente até um pouco mais do povoado de Foncebardon, no Alto de Irago, local da Cruz de Ferro. Dessa forma, deixaríamos os vinte e cinco quilômetros restantes, até Ponferrada; grande parte em declive, para o dia seguinte.
Depois de caminhar onze quilômetros por uma estrada silenciosa, chegamos à Rabanal del Camino.
Rabanal del Camino é um pequeno povoado que foi muito importante no passado medieval pois abrigava hospitais e igrejas.
A igreja construída pelos Cavaleiros Templários é dedicada a Santa Maria e incluem os restos da ruína da estrutura românica original do século XII. Nela, conforme a lenda medieval, um dos cavaleiros de Carlos Magno se casara com a filha do sultão mouro.
O caminho a partir de Rabanal del Camino, deixa as planícies de Castilla y León e dar lugar as paisagens montanhosas, principalmente o Alto de Irago, onde se encontra um dos monumentos mais enigmático do Caminho, nas imediações do povoado de Foncebadon, a lendária Cruz de Ferro.
Cerca de dois quilômetros depois, passamos pelo Fuente del peregrino, mas uma placa nos avisa que a água é imprópria para o consumo.
Chegamos a Foncebadon, mais o albergue municipal estava fechado, e só abriria em maio. Como estava relativamente cedo e o tempo bastante encoberto com um nevoeiro, decidimos prosseguir até El Acebo, um outro povoado que oferecia melhores condições de acolhimento, distante certa de 12 quilômetros.
Uns dois quilômetros do povoado de Foncebadon paramos no monumento da Cruz de Ferro. É tradição entre os peregrinos levar uma pedra do seu país ou região de origem para deixar depositada na base da Cruz. Simbolicamente representa deixar algo que incomoda ou pedir proteção.
Monumento da Cruz de Ferro
A Cruz foi instalada em um mastro sobre um antigo altar dedicado a Mercúrio. Conforme A.J.Barros, "No início do século XI, um ermitão chamado Guacelmo colocou uma cruz de ferro no alto de Irago, a 1.531 metros de altitude, o ponto mais alto do Caminho. Com o tempo ela se transformou em um dos locais mais sagrados e mais carregados de forças espirituais do mundo das peregrinações". A.J.Barros
No caminho para El Acebo, passamos por Manjarín e seu refúgio rústico, administrado por Tomás, que se diz o último Cavaleiro dos Templários.
Na descida das montanhas para o povoado de El Acebo, avistamos um helicóptero sobrevoando aquela região e em poucos momentos motos de guardas batedores abriam o caminho para a passagem de dezenas de bicicletas da XXV Volta Ciclística de Castilla y León.
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